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quinta-feira, 30 de junho de 2011





MANUEL ALEGRE ,in SETE SONETOS E UM QUARTO, ( Dom Quixote, 2005)

Gostava de morar na tua pele
desintegrar-me em ti e reintegrar-me
não este exílio escrito no papel

por não poder ser carne em tua carne.


Gostava de fazer o que tu queres
ser alma em tua alma em um só corpo
não o perto e o distante entre dois seres
não este haver sempre um e sempre o outro.

Um corpo noutro corpo e ao fim nenhum
tu és eu e eu sou tu e ambos ninguém
seremos sempre dois sendo só um.

Por isso esta ferida que faz bem
este prazer que dói como outro algum
e este estar-se tão dentro e sempre aquém




sábado, 25 de junho de 2011

sexta-feira, 24 de junho de 2011

"Todos os sentimentos cansam e desistem, menos o amor. Sentimento algum é tão teimoso"
"Até quando passa, não acaba. Posto de lado, jamais se conforma. Mesmo se afogando  na impossibilidade, não morre." 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Que raiva!!!

Eu odeio sentir ciúmes, mas não consigo me controlar, poxa.

" As ondas quebravam uma a uma. Eu estava só com a areia e com a espuma. Do mar que cantava só para mim

Sophia de Mello Breyner 

RETRATO




Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Cecília Meireles
Sou uma pessoa de sorte!!! Fiz tudo certinho para ter uma vida boa, tenho e sempre terei.  Sempre com a ajuda e as bênçãos de Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora da Estrela, Santo Expedito e acima de tudo e de todos DEUS!!! AMÉM

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Luís Fernando Veríssimo

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
Luís Fernando Veríssimo

sábado, 18 de junho de 2011

ADOOORO!!!

até porque parte de mim, já és 
tenho um espaço cá dentro reservado para ti, não pesa, mas esmaga ...
                                                                         32
                                     

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Quinta-feira 16 de junho de 2011

quero que cada dia da tua estadia seja uma conquista
 henrique: uma conquista para mim, um triunfo para nós
espero cada dia para poder construí-los
 henrique: criar, viver e construir o meu imaginário, cada dia, cada hora e cada minuto ou segundo que seja que eu partilhe contigo
alguém que … incondicionalmente, gosta de ti, diz-te:
tem cuidado
tenho medo ...  tenho pavor, um frio que me atravessa a "espinha", fico em pânico quando vislumbro a possibilidade de te desiludir.
quero dar-te a conhecer um portugal desconhecido ... cada canto, encantado, cada odor, sentido, cada sabor, degustado, serão só nossos.
mas, minha querida e adorável ...
ou minha adorável trenga
gosto muito, imenso, eternamente de ti
respeito-te, logo não quero iludir-te
henrique: gosto de ti
mesmo que seja uma única vez
quero, vou,  fazer amor contigo
...vivo com um problema existencial
se devo pedir-te para fazer amor ....
comigo,
à tarde, à noite, ou no dia seguinte...
...não mandes a mala, quero-TE a ti
desde que tragas sentidos e alma
olhos, mãos e espírito
 henrique: esquece as pulseiras e os anéis, os vestidos e os make-up
 henrique: preciso da tua voz, do teu sorriso, do teu odor
 henrique: da tua ...
luz
                             Faltam 33 dias

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Amadeo de Souza Cardoso


Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918)

Quadros deste pintor na Galeria de Pintura:
Pintura (Brut 300 TSF)
Entrada
Barcos
Canção Popular a Russa e o Fígaro
Pintura
Procissão Corpus Christi
Les Cavaliers
Cabeça
Cozinha da Casa de Manhouce
Menina dos Cravos
Retrato de Francisco Cardoso 
Saut du Lapin




amadeo.gif

Precursor da arte moderna, tendo falecido prematuramente aos 31 anos de idade vítima de pneumonia, Amadeo de Souza-Cardozo não teve oportunidade de ver o seu trabalho reconhecido: seguiu o mesmo trilho dos vanguardistas de todos os tempos e de todas as actividades, administrando a incompreensão alheia. À humanidade custa a aceitar novos processos ou ideias e, por conseguinte, para os precursores, a apreciação objectiva e o coroamento dos seus esforços dá-se, ou no final da vida, ou somente após sua morte.
Nascido em 1887 e falecido em 1918, as primeiras experiências de Souza-Cardozo deram-se no desenho, especialmente como caricaturista. Aos 19 anos, mudou-se para Paris, tomando contato primeiro com o Impressionismo e depois com o Expressionismo e o Cubismo.
Valeu-lhe muito sua aproximação com Amadeu Modigliani, de quem se tornou grande amigo, compartilhando com ele um ateliê e até realizando exposições juntos, em 1911.

Preso ainda ao traço, em 1912 publicou um álbum com 20 desenhos e em seguida, «com paciência de beneditino» copiou o conto de Flaubert La légende de Saint Julien l’Hospitalier, trabalhos ignorados pelo apreciadores de arte. Este último trabalho, depois de ficar por muitos anos nas mãos do editor, acabou por ser adquirido pela própria viúva do pintor, para evitar que fosse destruído.
Depois de participar numa exposição nos Estados Unidos, em 1913, voltou a Portugal, onde teve a ousadia de realizar duas exposições, respectivamente no Porto e em Lisboa, causando escândalo entre os seus compatriotas: suas obras foram criticadas, ridicularizadas e, por breves momentos, houve até confronto físico entre críticos e defensores da arte moderna.



Amadeo01.jpg

Com o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, surgiria a grande oportunidade de desenvolver e encontrar reconhecimento da sua obra, mas Souza-Cardoso não teve tempo para esperar. Morreu nesse mesmo ano e muito tempo se passou até que as opiniões fossem revistas e seu nome ocupasse o devido lugar na história da pintura portuguesa.
Em 1925, a França realizou uma retrospectiva do pintor, com 150 trabalhos, bem aceites pelo público e pela crítica. Dez anos depois, em Portugal, foi criado um prémio para distinguir pintores modernistas, que recebeu o nome de «Prémio Souza-Cardoso». Em 1953, a Biblioteca-Museu de Amarante, sua cidade natal, deu a uma de suas salas o nome do pintor. Em 1958, a Casa de Portugal, em Paris, realizou uma exposição das suas obras.
Lentamente, à medida em que os preconceitos em relação ao modernismo foram sendo afastados, o nome de Souza-Cardoso ganhou a devida importância em Portugal. Ninguém é culpado. Ele era um visionário, vivia fora do seu tempo, tal como outros tantos, pagou um alto preço por isso.




Amadeu de Sousa Cardoso 1


terça-feira, 14 de junho de 2011

35                         35                        3

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pedro Paixão

As nossas bocas misturam-se com as línguas, o corpo inflama-se, dói quase. Deixa-me beijar-te por dentro.

Caranguejo

Homem

O homem deste signo é, antes de tudo, um sentimental que se preserva das investidas ousadas demais. Portanto, se você está interessada em um canceriano, vá devagar! Não o assuste com cenas públicas, ele detesta demonstrar o que quer que seja diante de olhos que não conhece. Sua sexualidade pede um pouco de mistério e isso acende sua imaginação e é ela que alimenta tudo aqui. Ele recebe bem seus apelos, mas precisa sentir que você vai com ele até o inferno, embora ele se recolha de vez em quando e se mostre frio e distante. Nessa hora, agarre-o pelo cafuné, por um clima de aconchego e compreensão. Comidinhas picantes em um ambiente reservado, muito tempo para descobrir seu corpo e paciência com o timing que ele tem são fundamentais.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Te ver

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...(2x)
É como mergulhar no rio
E não se molhar
É como não morrer de frio
No gelo polar
É ter o estômago vazio
Não almoçar
É ver o céu se abrir no estio
E não se animar...
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...
É como esperar o prato
E não salivar
Sentir apertar o sapato
E não descalçar
É ver alguém feliz de fato
Sem alguém prá amar
É como procurar no mato
Estrela do mar...
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...
É como não sentir calor
Em Cuiabá
Ou como no Arpoador
Não ver o mar
É como não morrer de raiva
Com a política
Ignorar que a tarde
Vai vadiar e mítica
É como ver televisão
E não dormir
Ver um bichano pelo chão
E não sorrir
E como não provar o nectar
de um lindo amor
Depois que o coração detecta
A mais fina flor...
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...(2x)

domingo, 5 de junho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Aqui nesta casa nasceu uma poetisa portuguesa. Seu nome: -Maria Antonieta Júdice Barbosa. Merecia estar mais bem cuidada.


Uma gaiola

Palácio Nacional de Sintra

Janelas são olhares que se rasgam sobre o mundo e proporcionam uma infinidade de livres associações , consoante o ângulo captado.Torna-se, pois, aliciante, fotografá-las de diversas perspectivas , viajando pela liberdade criativa que proporcionam, imaginando-se deambulações por espaços ilimitados ou apelativos convites à  introspecção.


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