Chove. É dia de NatalChove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.Fernando Pessoa
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
A crise vista por Einstein
"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."
"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Saudades
de Florbela Espanca
Saudades! Sim… talvez… e porque não?…
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?… Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Dizeis que tenho vaidades.
E que no vosso entender
Mulheres de pouca idade
Que não se queiram perder
É preciso que não tenham
Tantas e tais veleidades.
Senhor, se a mim me acrescento
Flores e renda, cetins,
Se solto o cabelo ao vento
É bem por vós, não por mim.
Tenho dois olhos contentes
E a boca fresca e rosada.
E a vaidade só consente
Vaidades, se desejada.
E além de vós
Não desejo nada.
(Hilda Hirst)
(Hilda Hirst)
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Essa gauchada vai longe!!! Marcopolo fabricará ônibus espacial
Gaúchos devem chegar em Marte nos próximos 5 anos. Agora é oficial. Já se sabia que a tecnologia espacial estava bem avançada na República Riograndense, mas agora o projeto vai deslanchar.
Segundo a Agência Espacial Gaúcha (AEG), a Marcopolo assinou um contrato com o Governo Federal da República dos Pampas para construir a primeira nave gaúcha.
A espaçonave terá lugar para 10 viventes e contará com churrasqueira, fogão de campanha, dispensa, dormitórios, bagageiro, quarto de banho e latrina. Já estão confirmados na viagem um gaiteiro e um declamador, que tem os nomes preservados por razões de segurança. De mantimento vai um de tudo - erva-mate, bergamota, rapadura, charque e linguiça do Allembrandt, arroz, feijão preto, bolacha e principalmente, canha.
Segundo o chefe da AEG, Werner Von Fagundes, taura crânio muito inteligente responsável pelos estudos, os americanos jogaram a toalha na corrida espacial porque não tinham o direito de usar a tecnologia para revestimento da nave, já que esta é uma patente gaúcha. Trata-se de uma combinação de casca de cana, de Morungava, barro vermelho, de Santo Ângelo, pedra moura moída (aquela lá do Nhanduí). Segundo os cientistas da Agência Espacial Gaúcha o material resiste a 10 mil graus de temperatura e também pode ser usado na blindagem de tanques de guerra.
A propulsão do foguete será à base de uma mistura de cachaça marisqueira de Osório com graspa de Ana Rech. Os pesquisadores gaúchos afirmam que ela é 1000 vezes mais potente do que o combustível atualmente utilizado pela NASA e 3000 vezes mais potente que dinamite.
Há décadas que esta tecnologia vem sendo desenvolvida, em segredo, na Estâcia Porteira Fechada, lá perto da estação do Guaçu-boi, no Alegrete. Dizem que os comunista andaram por lá para espionar. Foram mandados embora, no laço, pelo capataz e pelos vigias da estância. Os americanos, que tentavam desenvolver um trabalho parecido, na Área 51, foram convidados a visitar o projeto e tomar uns mate. Gostaram do que viram mas não trouxeram nada de novo ao know-how daqui. Em nota à imprensa os nossos cientistas disseram: Tudo o que nos mostraram não é novidade, e tudo que mostramos a eles, ficaram boiando, de boca-aberta, não entenderam bosta nenhuma. É uma tecnologia anos-luz na frente da deles.
Werner Von Fagundes acrescentou: Estamos a passos largos para a conquista de Marte. Não vai 5 anos e teremos gente apeiando por lá. Pelo menos uma prenda já vai junto. Na missão, organizar o primeiro CTG espacial. Vamos em paz, mas pelo sim, pelo não, vai na mala de garupa de cada um, uma carneadeira coqueiro deitado, um trançado de 8 e uma coleção de garrucha. Vai que lá também tem marciano castelhano...
Massss crééééédo....!!!!
domingo, 20 de novembro de 2011
Natal
Leio o teu nome
na página da noite:
Menino Deus ...
E fico a meditar
no milagre dobrado
de ser Deus e menino.
Em Deus não acredito.
Mas de ti como posso duvidar?
Todos os dias nascem
meninos pobres em currais de gado.
Crianças que são ânsias alargadas
de horizontes pequenos.
Humanas alvoradas ...
A divindade é o menos.
(Miguel Torga)
Pintura naïf
O adjectivo "naïf" é o mais empregado para o género de pintura chamada também de ingénua e às vezes de primitiva. Na época em que foi lançado, o termo "naïf" era um apelido, como noutras épocas, os pintores foram chamados de impressionistas, cubistas, futuristas, etc...
Os naïfs, em geral, são autodidatas e a sua pintura não é ligada a nenhuma escola ou tendência. Essa é a força desses artistas que podem pintar sem regras, nem constrangimentos. Podem ousar tudo. São os "poetas anarquistas do pincel".
Ser naïf é um estado de espírito, que leva a uma maneira pessoal de pintar. Podemos encontrar pintores naïfs entre sapateiros, carteiros, donas de casa, médicos, jornalistas e diplomatas.A arte naïf transcende o que se convencionou chamar de "arte popular".
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
Fernando Pessoa
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
Eu não sei senão amar-te,
Nasci para te querer.
Ó quem me dera beijar-te,
E beijar-te até morrer.
Fernando Pessoa
Nasci para te querer.
Ó quem me dera beijar-te,
E beijar-te até morrer.
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Fernando Pessoa
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Já não me importo
Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.
Fernando Pessoa
Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
SÍSIFO
Recomeça....
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...
Miguel Torga
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
[Sophia Andresen]
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
[Sophia Andresen]
domingo, 23 de outubro de 2011
Mais um ano se passou
E nem sequer ouvi falar seu nome, a lua e eu
Caminhando pela estrada
Eu olho em volta e só vejo pegadas
Mas não são as suas eu sei,
Eu sei, eu sei
O vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu
Quando olho no espelho
Estou ficando velho e acabado
Procuro encontrar
não sei onde está você
Você você....
o Vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu...
A lua e eu
E nem sequer ouvi falar seu nome, a lua e eu
Caminhando pela estrada
Eu olho em volta e só vejo pegadas
Mas não são as suas eu sei,
Eu sei, eu sei
O vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu
Quando olho no espelho
Estou ficando velho e acabado
Procuro encontrar
não sei onde está você
Você você....
o Vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu...
A lua e eu
"Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio
E a minha ambição era trazer o universo ao colo
Como uma criança a quem a ama beija.
Eu amo todas as coisas, umas mais do que as outras,
Não nenhuma mais do que outra, mas sempre mais as que estou vendo
Do que as que vi ou verei.
Nada para mim é tão belo como o movimento e as sensações.
A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos.
Penso nisto, enterneço-me mas não sossego nunca."
Poema: Amanhecer de Fernando Pessoa
E a minha ambição era trazer o universo ao colo
Como uma criança a quem a ama beija.
Eu amo todas as coisas, umas mais do que as outras,
Não nenhuma mais do que outra, mas sempre mais as que estou vendo
Do que as que vi ou verei.
Nada para mim é tão belo como o movimento e as sensações.
A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos.
Penso nisto, enterneço-me mas não sossego nunca."
Poema: Amanhecer de Fernando Pessoa
sábado, 22 de outubro de 2011
De Que São Feitos os Dias?
De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inactuais esperanças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...
Cecília Meireles
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
"Todos os sentimentos cansam e desistem, menos o amor. Sentimento algum é tão teimoso""Até quando passa, não acaba. Posto de lado, jamais se conforma. Mesmo se afogando na impossibilidade, não morre."
________
ESPERA
Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.
Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.
_________________
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
__________________
__________________
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
O sabor da banana mistura-se com um creme delicado e por cima uma nuvem de merengue
INGREDIENTES
Para 4 porçõesPara o doce de banana
10 bananas | aproximadamente 500 g
2 / 3 de xícara | 80g de açúcar
1 / 3 de xícara | 80 ml de água
1 xícara | 240 ml de água
2 colheres de sopa | 30 ml de suco de limão
Para o creme de baunilha
200 ml de leite
2 gemas
1 / 3 de xícara | 80 g de açúcar
1 colher de sopa | 15 g de amido de milho
1 colher de sopa | 15 ml de essência de baunilha
Para o suspiro
4 claras
8 colheres de sopa | 70 g de açúcar de confeiteiro
1 colher de sopa | 15 ml de suco de limão
MODO DE PREPARO
Descasque as bananas e corte-as em rodelas de dois centímetros.
Prepare um caramelo de cor clara com o açúcar e um terço de xícara de água. Junte o resto da água sem parar de mexer para o caramelo derreter e se obter uma quantidade maior de calda. Acrescente as bananas e o suco de limão.
Ferva por aproximadamente cinco minutos, desligue o fogo.
Separe as gemas das claras. Dissolva o amido de milho nas gemas, misturando bem, acrescente aos poucos meia xícara de leite.
Aqueça o resto do leite com o açúcar no fogo baixo. Mexa até o açúcar dissolver, junte a mistura com as gemas. Aqueça o creme sem parar de mexer até começar a ferver e a engrossar. Desligue o fogo.
Bata as claras em neve, junte o suco de limão e o açúcar de confeiteiro peneirado. Bata até o obter um merengue cremoso e brilhante. Distribua, em quantidades iguais, o doce de banana no fundo de dois refratários. Cubra com o creme de baunilha. Espalhe uma camada bem grossa e desigual de merengue por cima.
Asse, por quinze minutos no forno baixo, previamente aquecido a 180°C. Coloque os refratários no forno sobre a assadeira com um pouco de água. Enfie uma colher de pau na porta do forno para segurá-la entreaberta, o ar escapa e assim o suspiro não queima.
Prepare um caramelo de cor clara com o açúcar e um terço de xícara de água. Junte o resto da água sem parar de mexer para o caramelo derreter e se obter uma quantidade maior de calda. Acrescente as bananas e o suco de limão.
Ferva por aproximadamente cinco minutos, desligue o fogo.
Separe as gemas das claras. Dissolva o amido de milho nas gemas, misturando bem, acrescente aos poucos meia xícara de leite.
Aqueça o resto do leite com o açúcar no fogo baixo. Mexa até o açúcar dissolver, junte a mistura com as gemas. Aqueça o creme sem parar de mexer até começar a ferver e a engrossar. Desligue o fogo.
Bata as claras em neve, junte o suco de limão e o açúcar de confeiteiro peneirado. Bata até o obter um merengue cremoso e brilhante. Distribua, em quantidades iguais, o doce de banana no fundo de dois refratários. Cubra com o creme de baunilha. Espalhe uma camada bem grossa e desigual de merengue por cima.
Asse, por quinze minutos no forno baixo, previamente aquecido a 180°C. Coloque os refratários no forno sobre a assadeira com um pouco de água. Enfie uma colher de pau na porta do forno para segurá-la entreaberta, o ar escapa e assim o suspiro não queima.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
A CHUVA
A tarde bruscamente se aclarou,
porque já cai a chuva minuciosa.
Cai e caiu. A chuva é só uma coisa
que o passado por certo freqüentou.
Quem a escuta cair já recobrou
o tempo em que a fortuna venturosa
uma flor lhe mostrou chamada rosa
e a cor bizarra do que cor tomou.
Esta chuva que treme sobre os vidros
alegrará nuns arrabaldes idos
as negras uvas de uma parra em horto
que não existe mais. A umedecida
tarde me traz a voz, a voz querida
de meu pai que retorna e não é morto.
(Jorge Luís Borges - Poeta argentino)
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
Ó curva do horizonte, quem te passa,
Fernando Pessoa
Ó curva do horizonte, quem te passa,
Ó curva do horizonte, quem te passa,
Passa da vista, vão de ser ou estar.
Seta, que o peito enorme me transpassa.
Não doas, que morrer é continuar.
Não vejo mais esse a quem quis. A taça,
De ouro, não se partiu. Caída ao mar
Sumiu-se, mas no fundo é a mesma graça
Oculta para nós, mas sem mudar.
Ó curva do horizonte, eu me aproximo,
Para quem deixo, um dia cessarei
Da vista do último no último cimo,
Mas para mim o mesmo eterno irei
Na curva, até que o tempo a espera
E aonde estive um dia voltarei.
13-8-1921
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Pedro Paixão
Ficávamos dias e noites fechados no apartamento dela a jogar xadrez, a ler alto um ao outro passagens de livros, a fazer demoradamente de comer. Entretínhamo-nos um com o outro e fazíamos o amor até nos transformarmos em água.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Nosso fado
henrique: Foi deus
Que deu luz aos olhos
Perfumou as rosas
Deu oiro ao sol
E prata ao luar
Foi deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
E pôs as estrelas no céu
E fez o espaço sem fim
Deu o luto as andorinhas
Ai, e deu-me esta voz a mim (21:11) henrique: é um fado da amália (21:11) henrique: foi deus que nos juntou (21:12) henrique: foi deus que me deu poesia (21:12) Inês: as duas últimas frases (21:13) Inês: são do fado ou tuas (21:13) henrique: são minhas (21:13) Inês: são do nosso fado (21:13) henrique: a mim não me deu a voz, deu-me o discurso
rssss (21:14) Inês: é verdade (21:14) Inês: aliás ... nem sei
nunca te vi cantar (21:14) henrique: porque canto o fado (21:15) henrique: rsssss, é do poema (21:15) Inês: rsss (21:15) henrique: não sei, não sabe ninguém
porque canto o fado (21:16) henrique: Neste tom magoado
De dor e de pranto
Que deu luz aos olhos
Perfumou as rosas
Deu oiro ao sol
E prata ao luar
Foi deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
E pôs as estrelas no céu
E fez o espaço sem fim
Deu o luto as andorinhas
Ai, e deu-me esta voz a mim (21:11) henrique: é um fado da amália (21:11) henrique: foi deus que nos juntou (21:12) henrique: foi deus que me deu poesia (21:12) Inês: as duas últimas frases (21:13) Inês: são do fado ou tuas (21:13) henrique: são minhas (21:13) Inês: são do nosso fado (21:13) henrique: a mim não me deu a voz, deu-me o discurso
rssss (21:14) Inês: é verdade (21:14) Inês: aliás ... nem sei
nunca te vi cantar (21:14) henrique: porque canto o fado (21:15) henrique: rsssss, é do poema (21:15) Inês: rsss (21:15) henrique: não sei, não sabe ninguém
porque canto o fado (21:16) henrique: Neste tom magoado
De dor e de pranto
domingo, 18 de setembro de 2011
Serra
Serra
Deixem-me andar até ao fim da tarde,
Ébrio de longes, percorrendo os cimos.
Que ninguém me imponha os seus destinos.
Possa beber no gricho que me agrade.
Minha sede só em meu peito arde,
Não se compraz com o afastar dos limos.
Há fontes que a nós compete abrirmos,
Antes que a água tolde ou se retarde.
Podem tirar-me tudo, menos isto:
Subir a cumes de granito e xisto,
Na ânsia ardente de me ultrapassar.
A Serra, em mim, a difundir vertigem.
E esta dor que os outros não atingem,
De avistar Deus sem Lhe poder falar!
Poema de João de Sá. "Flores para Vila Flor"
Deixem-me andar até ao fim da tarde,
Ébrio de longes, percorrendo os cimos.
Que ninguém me imponha os seus destinos.
Possa beber no gricho que me agrade.
Minha sede só em meu peito arde,
Não se compraz com o afastar dos limos.
Há fontes que a nós compete abrirmos,
Antes que a água tolde ou se retarde.
Podem tirar-me tudo, menos isto:
Subir a cumes de granito e xisto,
Na ânsia ardente de me ultrapassar.
A Serra, em mim, a difundir vertigem.
E esta dor que os outros não atingem,
De avistar Deus sem Lhe poder falar!
Poema de João de Sá. "Flores para Vila Flor"
Aletria
Receita:
100 g de aletria
4 dl de leite
150 g de açúcar
50 g de manteiga
3 gemas (de preferência de ovos caseiros)
casca de limão
canela q.b.
Confecção:
Coze-se a aletria em água durante 5 minutos e escorre-se.
Em seguida, leva-se o leite ao lume juntamente com a casca de limão, o açúcar e a aletria e deixa-se cozer.
Depois de a aletria estar cozida, junta-se a manteiga e, fora do lume, misturam-se as gemas previamente batidas.
Leva-se ao lume apenas para que as gemas cozam ligeiramente.
Serve-se a aletria polvilhada com canela.
100 g de aletria
4 dl de leite
150 g de açúcar
50 g de manteiga
3 gemas (de preferência de ovos caseiros)
casca de limão
canela q.b.
Confecção:
Coze-se a aletria em água durante 5 minutos e escorre-se.
Em seguida, leva-se o leite ao lume juntamente com a casca de limão, o açúcar e a aletria e deixa-se cozer.
Depois de a aletria estar cozida, junta-se a manteiga e, fora do lume, misturam-se as gemas previamente batidas.
Leva-se ao lume apenas para que as gemas cozam ligeiramente.
Serve-se a aletria polvilhada com canela.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
FrustraçãoFoi bonito
O meu sonho de amor.
Floriram em redor
Todos os campos em pousio.
Um sol de Abril brilhou em pleno estio,
Lavado e promissor.
Só que não houve frutos
Dessa primavera.
A vida disse que era
Tarde demais.
E que as paixões tardias
São ironias
Dos deuses desleais.
Miguel Torga, in 'Diário XV'
O meu sonho de amor.
Floriram em redor
Todos os campos em pousio.
Um sol de Abril brilhou em pleno estio,
Lavado e promissor.
Só que não houve frutos
Dessa primavera.
A vida disse que era
Tarde demais.
E que as paixões tardias
São ironias
Dos deuses desleais.
Miguel Torga, in 'Diário XV'
terça-feira, 13 de setembro de 2011
estou a pensar na resposta, finalmente deixaste-me a pensar (22:14) Inês: rs (22:14) henrique: não sei o que o futuro me reserva (22:14) Inês: pois é... ninguém sabe (22:14) henrique: mas seja como for, terei todo o prazer em receber-te (22:15) Inês: obrigada (22:15) henrique: até sou capaz de acabar com uma relação (22:15) henrique: para estar só contigo (22:15) Inês: tens idéia do tamanho da minha alegria em ler isso (22:16) henrique: não...
não conheço a unidade de medida da alegria
não conheço a unidade de medida da alegria
henrique: "sei que vou dormir sem companhia e isso entristece-me. parece-me vazio lavar os dentes
e pôr um pijama uma completa inutilidade.
antes de adormecer peço que deus não exista para não poder ser tomado como
responsável por todas estas atrocidades."
henrique:
"se estivesses aqui, agora mesmo, seguramente estaria a violar os botões da tua roupa com os
meus dedos ansiosos para tocar o teu corpo, aquecê-los na tua pele e misturá-los com o teu
cheiro. não estás, mas estou a imaginar-te. retrato-te com vida, com movimento e palavras: as
tuas obscenas insinuações, a tua desmedida imaginação sempre por detrás da língua.
(22:58) henrique: putzzz
henrique: e vais, sobrevoar o céu da minha cama
fica por lá
e pôr um pijama uma completa inutilidade.
antes de adormecer peço que deus não exista para não poder ser tomado como
responsável por todas estas atrocidades."
henrique:
"se estivesses aqui, agora mesmo, seguramente estaria a violar os botões da tua roupa com os
meus dedos ansiosos para tocar o teu corpo, aquecê-los na tua pele e misturá-los com o teu
cheiro. não estás, mas estou a imaginar-te. retrato-te com vida, com movimento e palavras: as
tuas obscenas insinuações, a tua desmedida imaginação sempre por detrás da língua.
(22:58) henrique: putzzz
henrique: e vais, sobrevoar o céu da minha cama
fica por lá
domingo, 28 de agosto de 2011
Falta a luz dos teus olhos na paisagem O oiro dos restolhos não fulgura. Os caminhos tropeçam, à procura Da recta claridade dos teus passos. Os horizontes, baços, Muram a tua ausência. Sem transparência, O mesmo rio que te reflectiu Afoga, agora, o teu perfil perdido. Por te não ver, a vida anoiteceu À hora em que teria amanhecido... *
Amar IntensamenteDe que vale no mundo ser-se inteligente, ser-se artista, ser-se alguém, quando a felicidade é tão simples! Ela existe mais nos seres claros, simples, compreensíveis e por isso a tua noiva de dantes, vale talvez bem mais que a tua noiva de agora, apesar dos versos e de tudo o mais. Ela não seria exigente, eu sou-o muitíssimo. Preciso de toda a vida, de toda a alma, de todos os pensamentos do homem que me tiver. Preciso que ele viva mais da minha vida que da vida dele. Preciso que ele me compreenda, que me adivinhe. A não ser assim, sou criatura para esquecer com a maior das friezas, das crueldades. Eu tenho já feito sofrer tanto! Tenho sido tão má! Tenho feito mal sem me importar porque quando não gosto, sou como as estátuas que são de mármore e não sentem.
Florbela Espanca, in "Correspondência (1920)"
Florbela Espanca, in "Correspondência (1920)"
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
"Agora,
o remédio é partir discretamente,
sem palavras,
sem lágrimas,
sem gestos.
De que servem lamentos e protestos,
contra o destino?"
Miguel Torga
o remédio é partir discretamente,
sem palavras,
sem lágrimas,
sem gestos.
De que servem lamentos e protestos,
contra o destino?"
As sem razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Drumond
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Drumond
As sem razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Cada Lugar Teu
Mafalda Veiga
Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar
Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar
Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só
Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Os homens têm uma existência infinitamente mais leve; confundem desejo com amor. As mulheres não têm a mesma sorte. Os homens sabem como encontrar soluções fáceis para todas as questões e muito poucos têm a coragem de Rilke, que sempre preferiu as soluções difíceis porque acreditava que é no difícil que tudo cabe."
"O maior inimigo de um amor pleno é o medo. O medo de não ser suficientemente amado, de não amar o suficiente, de não sermos a pessoa que pensamos que o outro quer, o medo da responsabilidade, da rotina, do compromisso, o medo de falhar, de se deixar ir, de amar e de se deixar amar."Autor - Rebelo Pinto
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Henrique:tenho quase tudo planeado para o primeiro fim de semana
(19:55) Inês: ah que bom!!
(19:55) Inês: contas-me ou é surpresa ?
(19:56) henrique: a considerar que: nem precisas de gostar de mim, basta gostares de estar comigo
são coisas diferentes
(19:56) Inês: sim, são
(19:56) henrique: estou preparado para ambas
(19:55) Inês: ah que bom!!
(19:55) Inês: contas-me ou é surpresa ?
(19:56) henrique: a considerar que: nem precisas de gostar de mim, basta gostares de estar comigo
são coisas diferentes
(19:56) Inês: sim, são
(19:56) henrique: estou preparado para ambas
segunda-feira, 11 de julho de 2011
sábado, 9 de julho de 2011
Ausência (Carlos Drummond de Andrade)
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Meu coração abandonado
Pediu agasalho ao teu
E ao sentir-se aconchegado
Pensou que estava no céu
Amou e amou cantando
A sorte que tinha por ter
Um coração, que amando
O fazia renascer
Mas pouco a pouco, pouco a pouco
O presente fez-se passado
E meu coração de amor louco
Está de novo abandonado
Meu coração está tão triste
Desde a tua despedida
Que nem sabe se existe
Mais esperança, nesta vida
(22:10) henrique: é só a letra de uma das canções de Viviane
Pediu agasalho ao teu
E ao sentir-se aconchegado
Pensou que estava no céu
Amou e amou cantando
A sorte que tinha por ter
Um coração, que amando
O fazia renascer
Mas pouco a pouco, pouco a pouco
O presente fez-se passado
E meu coração de amor louco
Está de novo abandonado
Meu coração está tão triste
Desde a tua despedida
Que nem sabe se existe
Mais esperança, nesta vida
(22:10) henrique: é só a letra de uma das canções de Viviane
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