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sexta-feira, 20 de abril de 2012



O PIRILAMPO E O SAPO 

poema de Marquesa de Alorna


Lustroso um astro volante
Rompera as humildes relvas:
Com seu vôo rutilante
Alegrava à noite as selvas.
Mas de vizinho terreno
Saiu de uma cova um sapo,
E despediu-lhe um sopapo
Que o ensopou em veneno.
Ao morrer exclama o triste:
- Que tens tu de que me acuses?
Que crime em meu seio existe?
Respondeu-lhe: – Porque luzes?

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